Muito se fala do espírito empreendedor brasileiro. E realmente é realidade, porque hoje o país ocupa uma das primeiras posições no índice de empreendedorismo inicial entre mais de 50 países do mundo.
Mas qual o perfil desse empreendedor? Quais as suas características, as suas dores e principalmente, o que faz com que esta força se faça presente tanto em tempos de dificuldade quanto em tempos de prosperidade.
Em uma pesquisa (2019), o SEBRAE elencou algumas características que definem o empreendedor brasileiro. Em linhas gerais ele tem de 18 a 30 anos, é movido por um sonho mas precisa ganhar dinheiro, ou seja, não tem a vida feita.
O brasileiro que empreende é oriundo de áreas que possibilitam ser profissional liberal (Pessoa Jurídica ou Autônomo) e quer iniciar um pequeno negócio, sozinho ou com pessoas próximas. Normalmente tem algum capital próprio – economias – ou conhece formas de captação. É um profissional que não abre mão do conhecimento amplo, ou seja, amplia seus horizontes porque sabe que não dá para entender apenas do seu negócio.
A CONAJE (Confederação nacional dos jovens empresários) entre os anos de 2018 e 2019 realizou uma ampla pesquisa com cerca de 6000 jovens empresários entre 18 e 39 anos e elencou alguns dados importantes para a busca do perfil do empreendedor brasileiro.
Um fato que se destaca é que cerca de 70% do público diz ter ensino superior ou pós graduação. A maioria tomou a decisão de empreender motivado pelo sonho de ter um negócio próprio (25%) e identificação de uma oportunidade de negócio (25%). Cerca de 18% empreenderam para ter mais independência.
Por outro lado, 12% dizem que viam oportunidade em continuar o negócio da família, 11% queriam mais flexibilidade de horários e apenas 9% identificaram como motivo a necessidade de uma fonte de renda.
Quanto ao apoio para empreender, 27% procurou o SEBRAE, tradicional suporte aos novos negócios. Porém 23% não procurou apoio nenhum, o que representa que um quarto dos novos empreendedores ainda acreditam muito na intuição, o que pode ser um caminho não tão recomendado. Neste caso é importante levantar a bandeira de alerta porque 23% buscaram apoio da internet para iniciar seu negócio. Mesmo que a rede hoje seja uma fonte importante e confiável, ficar apenas com informação tácita pode também ser perigoso para um novo negócio. Entre os que não buscam nenhum suporte e os que confiaram na internet apenas, chegamos ao percentual de 50% dos entrevistados. Apenas 10% procuram apoio na universidade através de incubadoras e da própria instituição.
Quase uma unanimidade, as questões relativas à contabilidade e finanças (30%), gestão de pessoas (27%) e trâmites de abertura e planejamento (25%) são as principais dores internas de quem já abriu o negócio.
Quais as principais competências necessárias ao empreendedor brasileiro?
Algumas competências são inerentes ao empreendedor brasileiro e são importantes para compor o seu perfil. São elas:
- Gostar de desafios
- Ser resiliente, não desistir
- Não ter medo de assumir riscos
- Ser criativo, visionário e criador de soluções
- Alto senso de oportunidade
- Responsabilidade em todas as situações
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